27.4.11

Ato falho.



É que aqui no Planalto, é assim que se faz. Não que eu esteja reclamando, mas que tem de ser dito, isso tem: A lixa de pé é só em casa. O entregador de pizza o faz a você quase sentadinha no sofá, assim, numa super intimidade. “Não, mãe. Nem tem salinha nesse restaurante.” O café pós-balada fica pra outro dia, pois, como é a cidade em que se governa, a noite, também, acaba em pizza. A balada é boite e o lance é banda de rock. Mas há samba pra quem tem fogo no quadril, no Planalto. O ponto é parada, o vaso, aparelho e, por aqui, ninguém marca, anota. Beijos sempre. 2, 3, e mais... a noite toda, se quiser. Mas vamos dizer que, aqui , as pessoas saem realmente para se divertir. Azaração é coisa pouca. Interessante. rs. O trânsito flui. O céu é AZUL. O plano ainda está verdinho e o parque é sempre logo ali. O restaurante é à beira do lago. A boite tem sinuca. E o gatinho interessante na noite sempre menciona a Unb. A música é boa e própria, o Shopping ainda tem estacionamento aberto, o teatro, sempre cheio, o vinho, sempre bom, a Esplanada é nossa... Eu disse “nossa”?

24.4.11

perspective...




Um dia Yasmin acordou e era apenas Rosa. Não mais ocupava o centro do jardim da casa central ou, sequer, atraía a atenção das crianças que ali brincavam. Em mesa de canto agora ficava, cercada por cravos que as costas lhe davam, pois sempre para a direção da janela apontavam. A brisa não mais sentia em suas pétalas, apesar da sensação gelada que ali havia, contrastando com o brilho do sol que lá fora sorria.

“Mas”, dizia ela a si mesmo, “ainda sou esguia. Brilho e suavidade ainda transbordam de minhas pétalas. Por mais que neguem os cravos, meu perfume ainda embriaga os que ao meu redor se encontram e o sol ainda vejo e dele me banho, mesmo que desse canto, que me dá, agora, diferente vista do lindo jardim, que ainda me encanta e ao qual sempre pertencerei.
Porque sou Yasmin, e rosa sempre serei.”