28.3.10

tears...

Dia desses vi ''Um sonho possível'' na cinema com uma amiga muito querida. O filme, que rendeu um Oscar à bela Bullock esse ano, é bem comovente. É bem do tipo ''de chorar'', mesmo. É claro que o roteiro é recheado de detalhes fictícios, bem do tipo Hollywoodianos, que tornam o drama ainda mais forte e envolvente. Saindo da sala de projeção, depois de um café enormemente generoso, corri para a internet e googlei a estória, o que me fez descobrir o que levou Sandy a ganhar o Oscar. Ela simplesmente mandou bem demais na interpretação de Leigh Anne. Vale a pena dar uma fussadinha pra conferir.
Só que isso tudo aí não é novidade...
É que, bem ao meu lado, havia um casal. A moça logo à minha direita, seguida pelo rapaz que, depois, suspeitei ser apenas um amigo. Durante a sessão, ouvi um choro incontrolável vindo da direção deles. Quando olhei, vi que o rapaz chorava muito e até peguei a suposta amiga a procurar lenços na bolsa. Acho que, por alguma razão, ela já havia antecipado o fato. Estava preparada. Não vim aqui para criticar ou questionar o choro do moço. Não faço idéia do que possa ter causado aquele sofrimento e até desejo que ele esteja bem.
Mas a questão é que, naquela noite, já em casa, relembrei a cena. Comecei, então, a pensar no quanto choro de marmanjo tenho ouvido ultimamente. ''Eles deram pra ter sentimentos'', tenho ouvido com certa frequência. Não que isso seja ruim. Ou deixe de ser um direito deles. Durante tanto tempo, desejamos tanto ouvir os sentimentos do ''bem amado'', suas mágoas e angústias e, agora, que eles resolveram se abrir, a sensação é a de que há muita DR rolando, mas para nada.
Os choros são diversos: ''I should've'', ''we shouldn't have'', ''I wish we had'', ''let me try to''. Pois é, sempre os mesmos I'm so sorrys...
E quanto nós? A gente vai levando assim: eles fingem que sentem....e a gente finge que acredita.

Um comentário:

Cela disse...

Ah, Faccenda...fala assim não...rs...saudade de vc!