9.11.11

Apaixonite

O que é preciso para que uma mulher se apaixone?

Dia desses li algo parecido com “não nos apaixonamos pelo que o outro é, mas pelo que ele nos faz sentir”. Confuso, né? 
Já parou pra pensar nisso? O que a paixão envolve? Seria mesmo complemento e troca ou simples satisfação de seus desejos e vazios? Se amássemos somente pelo que as pessoas são, buscaríamos a perfeição sempre. E, se você acha que é a perfeição o que você procura, pense no último mocinho perfeito que você conheceu. Aquele que se aproximou na balada, te fez dançar a noite toda com sorriso largo na boca e depois te levou à porta do carro e esperou você sair.
Chegando em casa, você recebeu: “Chegou bem? Durma com os anjos.” “Gracinha, ele.”Quase tão doce quanto a da manhã seguinte: “Bom dia. Como dormiu minha princesa?””Aiii, que sortuda...uhuuu”. Te ligou à uma e perguntou se topava ir a um churras com ele, mas você já devorava sua super mega salada pós balada e disse que não. “Ai que burra.” Mas ele nem desligou e disse que te ligaria mais tarde pra ver se rolava filminho e bar a noite.

Lembra que, depois disso, você desligou o celular e até pensou: “que fofo, mas realmente preciso dormir hoje.” No fim do terceiro dia, fingiu tristeza e disse: “ai, porque não aparece ninguém legal par mim?”. Afinal, você só não respondeu as mil mensagens açucaradas diárias porque estava, realmente, muito ocupada. É, porque tempo mesmo você só teve pro Rafa,  com quem trocou números de celular mas que não conseguia encontrar o aparelho dele pra te dar um oizinho depois de uma balada mais animadinha na sexta à noite. Incrível como ele ficava esquecinho no sábado e domingo e se lembrava de você na terça à noite, quando queria ... colocar a relação de vocês em...hm, ordem. “Um fofo”? Não, "um Gato!"

Às vezes me pergunto se nos empolgamos pela paixão ou apenas pela possibilidade dela acontecer. Seria o concreto acessível demais e, por isso, desinteressante? Sejamos francas. Quando vemos nossas amigas reclamando da solidão, sempre nos pegamos dizendo algo do tipo: “Mas quando o Jacaré te ligou, você não atendeu." Ou “Por que terminou com o Thião? Só porque pegava no seu pé e queria te ver todo dia?”

E aí, as justificativas eram sempre bem argumentativas e fundadas:

“A gente não tinha muito em comum.”

“A irmã dele ficava ligando o tempo todo.”

“Ele nem sabia quem era a Amy.”

“A mãe dele mandava pão de queijo demais. Eu estava engordando.”

E, a top hit, “ele é grudento e bonzinho demais” que, na verdade, poderia substituir todas as outras facilmente, sem alterar o sentido.

 Assim, pergunte-se o que realmente procura, antes de destruir o coração de um bonzinho cheio de boa intenção.

Hahahaha... tá bom vai, essa foi boa. Quase te convenci.

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