31.12.10

Feliz Ano Outro!!!



Que se mantenham os Amigos. Velhos, antigos, de ontem e sempre. Companheiros e Verdadeiros que são, nas boas e nas más.
Que fiquem as idéias e ideais que nos fizeram felizes e fiéis ao que somos e ao que nos d’a o alimento que faz a alma permitir que o corpo prossiga.
Que os mesmos sejam os prazeres vividos e divididos com quem amamos e admiramos. Com os “Bonecos da prateleira do meio”, sempre indispensáveis e de agradável presença.
Que fique sempre o desejo por descobertas e encontros. Que esse desejo exista para sempre. Velho e bom...desde sempre.
Que não mude o AMOR que sentimos pela Vida e que fingimos ter perdido a cada tropeço bobo que levamos no percurso. Ah, que “os da terceira prateleira” estejam sempre por perto para mostrar o quão pequeno foi o tropeço.
Que surjam sim mais amigos, mais amores, mais amantes, mais desafios e até dissabores, imprevistos, que sejam. Mas que nem tudo seja NOVO, pois na Vida há sempre muito de TUDODIBOM que levamos do que conhecemos, aprendemos, enfrentamos e com o que até nos decepcionamos, mas que nos fazem ENORMES e únicos.
Então, decida você se o viverá como se fosse o primeiro, o único ou o ultimo ano de sua vida. Apenas Viva 2011 com todas as suas forças.
E que ele venha com tudo.
Feliz 2011!!!

30.12.10

Anxiety



Quem está acostumado a ter o controle de toda situação sabe a dor inexplicável que é estar em território desconhecido. A habilidade de fazer mil coisas ao mesmo tempo e ter a certeza de que no final tudo sairá como planejado, pois o processo está em suas mãos, dá ao control freak a sensação de que todo o universo é palpável e que tudo estará sempre na mais perfeita ordem.

Mas, o que fazer quando o passo seguinte não depende só de você? Olhar para o lado e ter que admitir que contar com alguém é, além de admissível, a única alternativa no momento? À frente, apenas a incerteza do que pode acontecer e a dúvida a respeito de como suportar esse tormento.

Há quem sofra com a mesmice. Há quem enlouqueça perante a falta de rotina e CONTROLE.
Como saber distinguir entre conforto e controle? Até aonde vai a necessidade de conhecermos o território em que pisamos? O inimigo que enfrentamos? O amor que encontramos? O sonho que vivemos?

O que dói menos: o “será que devo?” Ou o “eu não deveria ter?”.
Quem inventou a tal da ‘’zona de conforto’’? O ‘’porto seguro’’?
Conforto? Ou Controle?

Há certas habilidades que só são desenvolvidas quando se fazem necessárias, dizem. É a mulher que pari e logo desenvolve o instinto materno para cuidar de seu filho; do mesmo jeito em que o viúvo o faz, por assim ser necessário. A criança que, ao tornar-se adolescente, logo trata de aprender a se virar sem os pais, pois a independência vai dando-lhe ar de responsabilidade e reconhecimento. O novo gerente que logo trata de descobrir razões para reuniões e projetos, a fim de fazer jus à confiança que lhe foi dispensada.

Assim, então, espera-se que também o faça o controlador. Que aprenda a trabalhar com o inesperado, com o elemento surpresa. Que se deixe levar por emoções e, até quem sabe, dissabores frutos de escolhas mal planejadas e intempestivas.

Que se deixe viver. Que pague pra ver.

Será?

21.12.10

O sabor da conquista




Hoje pela manhã vi um flash de uma entrevista com ‘bonitinhos’ da TV a respeito de “Pessoas que tem a pagada boa”. Todo mundo fingiu que o assunto foge completamente ao apelo sexual e falou-se apenas em bom papo, olhares e, no máximo, boa química entre o casal. Okay.
Lá pelas tantas, a pessoa entrevistadora começou a falar na “Pegada Feminina” propriamente dita e quis saber se o tema tem algo a ver com a coragem ou disposição das moças em ‘chegar junto’, ‘dar o primeiro passo’, ‘approach’, ou seja, colocar a fila para andar. Sorrisos à mesa, e algo foi dito a respeito do fato de a mulher ter descoberto que pode sim dar o primeiro passo, o que é algo positivo, segundo ao moçoilos – se é que entendemos direitinho, mas que o que vale ‘é o sabor da conquista’.
Hoje em dia, existe uma corrente que admite que todo o frisson de se ter alguém acaba no exato momento em que você o conquista. Explico: Você, pessoa, por alguma razão, interessante, é vista e desejada por alguém. O outro lado investe e ‘realiza’ que não foi correspondido. Inicia-se aí uma caçada em que o objetivo final é, sim, sim, A Sua Pessoa. “Que delícia”, você pensa. Hmmm, tá. Depois de resistir um pouco, pensa: “Poxa, essa pessoa deve ser legal e só pode estar mesmo a fim de algo bacana”. E cede. Sai com a figura. Doa-se um tiquinho. Descobre que realmente é possível passar um tempo e ver qual é.
“que todo o frisson de se ter alguém acaba no exato momento em que você o conquista”. Lembra? E aí acabou o encanto. O que valeu mesmo foi a arte da conquista, ou melhor, o sabor.
Então, a brincadeira é assim: O rato foge do gato. Que enlouquece por querer muito o roedor. Este, por sua vez, enlouquece pelo fato de ter que viver correndo de seu objeto de desejo...por simples medo de perdê-lo.
Confuso. Real.

16.12.10

O Colecionador




Léo colecionava pessoas. Tinha em seu quarto prateleiras e mais prateleiras repletas de figuras ilustres e ordinárias, todas misturadas, sem muito critério de organização. Femininas e masculinas, como se o propósito fosse realmente apenas o acúmulo, o número, a quantidade.
Um dia, questionado por uma criança que não entedia o porquê de um adulto colecionar ‘brinquedinhos’ assim, Léo falou de seus ‘bonequinhos’. Disse o quanto a coleção era rara e o quanto havia sido prazeroso e, ao mesmo tempo, trabalhoso levantar aquele número.
“Há quem me divirta com sua tolice e ignorância. E a esses nada mais devo do que a última fileira da prateleira lá de baixo. Aquela sem destaque algum. Que ninguém enxerga e na qual ninguém quer mexer.
Os que apenas me seduzem por tamanha beleza ficam ali, veja bem, logo a sua frente. Mas bem no alto, pois lindos e plasticamente perfeitos, logo me cansam com sua obviedade e não mais agüento mira-los diretamente. Os vazios estão nessa mesma prateleira, mas na fileira lá de trás. Nem podemos vê-los, percebe?”
A criança achou que começava a entender aquela idéia absurda e prosseguiu, “Você deve gostar da prateleira do meio.”
“Agradáveis são essas aí. Estão sempre acessíveis e é muito bom que assim seja. Trazem-me conforto e segurança. Lutei e lutaria novamente por elas. Não mexa. Deixe-as aí.”
“E por que aquela está vazia? Também, logo abaixo da janela?”, curioso.
“Ah, criança. Ali é o lugar dos escorregadios. Dos que a mim intrigam a cada momento e por quem luto ao mesmo tempo em que deles fujo. Nessa prateleira está o que me desafia e o que me tenta. O que quero e do que corro. Há dias em que está cheia. Hoje está tudo bem. Está tudo tranqüilo.
Agora vá. Brinque com seus próprios bonecos.”

16.11.10

Cada Macaco na sua Toca



Camaleão saiu do buraco e viu a Arara rondando o formigueiro da D. Aranha que, por sua vez, o olho não tirava da casinha da Cobra de estimação do dono do Rancho, bom Surfista que era. Acolá na frente, corria a Tartaruga, brava e arredia, revoltada com o Chimpanzé que folia não admitia e só dormir queria. A Preguiça suava e sorria, sempre atrás dos filhotes da Gata, que saltavam na grama entre um mergulho e outro na lama que poça virava na porta da coxia. Ursos, Pingüins, Leões e Enguias...tudo era festa naquele galinheiro, uma porcaria. A Girafa gritava e as Cigarras colhiam, cortavam, guardavam, enquanto as Formigas eram vistas aos montes, caídas, entregues ao cansaço de tal anarquia.
E quanto a mim, entregue a minha habitual conformidade das coisas, à apática falta de ansiedade e excitação para coisa alguma, ali a tudo assistia, sem a menor intenção de dar-me, sem o menor desejo ou euforia.

12.11.10

garotos




Que perseguem e levam broncas. Que brincam e brigam e tomam carrinhos e trocam carinhos. Choram, competem, ganham, perdem, esperneiam.
Perseguem e comem escondido. Recusam-se a comer e se escondem. Rabiscam, cortam, colam e grudam e melam e banham e choram.
Perseguem e cabulam. Enganam e se viram. E fingem e conquistam e enganam. Safam-se. Nem choram e nem se escondem.
Perseguem. Esforçam-se. Conquistam. Desistem. Quem chora?

5.11.10

Deixando a Vila




Contornando a Vila hoje à noite, enquanto dirigia para um jantar com amigos, tive uma bela vista dos prédios que hoje abraçam o Bairro em que moro em Sampa. Muitas luzes. Infinitas. Quase tacando o céu, como todas as outras por aqui. O som tocava BB king e o Caménère estava no colo do carona, enquanto os arranha-céus, que tanto de minha estória viveram, observavam o movimento tranqüilo do carro, tímido ao sentir-se observado pelos donos da avenida. Senti desde aquele momento um “quezinho” de nostalgia. Saudade da época em que não me preocupava em pensar se teria tudo isso aqui para sempre. E mais a antecipação do que será sentir falta de tudo que ficará por aqui e que me fará voltar tantas e tantas vezes. Pessoas, lugares, comidinhas....o café pós-balada. Que Capital é aquela que me fará ir pra casa tomar capuccino na chaise? Comer cachorro-quente com molho. Delícia.

22.10.10

Coisa boa



Dá um frio na barriga saber que ao abrir dos olhos a vista será outra. As fronhas terão outro perfume, o ar mais puro convidará à janela e o verde será muito mais exibido que o cinza. O sol baterá mais forte, pois o céu é aberto e muito, mas muito mais azul. Os abraços são antigos mais sentirão como novos. Os sorrisos serão largos por terem experimentado a distância, a saudade e, ao mesmo tempo, o reforçar dos laços. O paladar será mais crítico e diferentemente desafiado. As noites serão mais curtas e, talvez, mais tranqüilas, de início ao menos. Novos olhares, antigos lugares. Doces sabores, ridículos desamores. Ah, como já fomos bestas um dia. Eu já fui. Delícia apresentar-lhe, o que um dia foi o meu tudo e que hoje é um pedaço do que sou. Pedacinho de história. Pedacinho bom. Saudadinha. To indo. Coisa boa.

10.10.10

Puzzled




É que onde há rotina e segurança e amigos também há o vazio. Um vazio que não parece encher-se nem com suor do amor ao que trás satisfação, sucesso e sustento, nem com o prazer de ser desejada e ter o controle dos sentimentos seus ... e do outro. E de outros.

É que onde há a paz de quem te ama e te quer e te abriga e te cuida e te protege há também o vazio de se estar perdido em meio a um mundo a que não se pertence e com o qual em nada se identifica. É sentir-se perdida quando se está nos braços que te querem cuidar.

É que onde há a paz de quem se ama e muito amou e de quem ainda se quer bem há também o vazio da busca por saber se vale a pena a auto-anulação por alguém que nem se quer sabe que carrega tamanha responsabilidade pela infelicidade de seu grande amor.

É que onde há a sua paz e busca pela felicidade e auto-afirmação e conhecimento haverá também a paz daqueles que te amam e respeitam as tuas escolhas.

2.10.10

What to do when trouble feels so good? Ummm... Guess it's just too late....

1.10.10

Fraca?




Acho uma graça o Romantismo que algumas pessoas ainda conseguem carregar e em que tanto acreditam. Não que eu não goste de mimos, da atenção, do estar junto e curtir o simples fazer nada ali parados no sofá. Just for the sake of it. Ou que, às vezes, não deseje ter novamente alguém pra quem voltar no fim do dia, alguém que vai reclamar de problemas, me pedir opinião, querer ficar só, pedir pra me abraçar em silêncio enquanto me cheira o cabelo e tenta não pensar nos problemas da empresa. Mas é diferente. Ouço as pessoas falarem de seus relacionamentos ‘perfeitos’ em que as compras são feitas juntas, os cortinas foram escolhidas pelos dois e o cachorro foi um consenso. Os dois curtem os mesmos programas e ele simplesmente não se importa em acompanhá-la a programas com as amigas. Mesmo que seja algo como o Tour do Sex and The City em NY, em que eu e a Má ficamos boquiabertas com a quantidade de maridos acompanhantes e participativos no evento. É claro que a ingenuidade não me invade a ponto de acreditar que esses contos de chás da tarde sejam verdade. O que realmente me intriga é o fato de que é isso o que parece mover essas pessoas na busca por motivos para ‘’se estar junto’’. Quando eu disse “uma graça” no começo desse texto, eu realmente quis dizer cute. Acredita-se realmente que abrir mão de quem eu sou pra te fazer feliz é romântico. Deixar meus sonhos de lado para viver os seus te prova o quanto eu te amo e o quanto sou capaz de fazer por você? Cabecinha ruim a minha...achei que fosse fraqueza...mas quem sou eu? ...louca pra fraquejar... rs

22.9.10

booooom




Como pode estar tão vazia uma cabeça cheia de tormentos, angústias, idéias, planos e projetos. Será que deveria chamar de ... ... ... tá vendo? Perdi a palavra ... ... ... alienada ... é isso, alienada ao invés de vazia?

Tentar escrever e nada sair enquanto não há paz de tanto se pensar e planejar mil coisas, como se o futuro dependesse total e completamente – sinônimos? , desse exato momento ... de AGORA.

É um vazio que enche e empanturra a ponto de fazer explodir e botar pra fora o mundo de insatisfações que cutucam e fazem ver o quanto há sim o que se mudar.

Quer saber, acho que o que faz estourar é saber que, ou melhor, é o não saber o porquê de se deixar que acreditem nessa fragilidade, carência e dependência de contos de fadas que se tirou sabe-se lá de onde.

O Rosa. É isso que o rosa faz com as pessoas. O nude, como disse a Queen da Macy’s. Olhou e rotulou na hora. Acertou em cheio. A cor é a minha. O resto é balela.

20.9.10

He's my thing...


Matropolitan Museum of Art, NY


O caipira picando fumo, Almeida Júnior, 1893


O Violeiro, Almeida Júnior, 1899

“Mamãe, não parece um museu? Parece a Pinacoteca. Pra mim parece. O que tem lá? Ué? Tem a Fonte das Nanás. Dá pra ver é? Na internet? Isso. É essa mesma. Ah, tem O Brasileiro. Olha só, O Caipira picano fumo (coloca uma letra maior, mãe). Ah, vamos ver se a gente acha O Violeiro. Alô, Pai. É. A Fonte das Nanás, O Brasileiro, O Violeiro, O Caipira picano fumo. Não, nunca vi um. Seu tio? É mesmo? Puxa. Beijo. Te amo. O que é texto? Blog? Mas esse vai escrever comigo? Ebaaaaa. Textoooooo.”

É... ta na hora de acordar e cair na real. Já deu. Shame on me!

7.9.10

Madness



Tinha pavor à mussarela de búfala e carpaccio. Nunca via graça em laços cor de rosa. Os livros do segundo grau ‘tinham que ser lidos’ e não havia muito que se fazer a respeito. Dançava ‘axé’ e passava batom e só. Usava muito perfume não. Seria diplomata e me casaria depois dos 30. Achava que casamento fosse coisa que durasse pra sempre. Bebida era vinho tinto e suave e pouco. Pessoas eram verdadeiras e do bem. Filhos deveriam ser muitos para encher uma casa... Imagina isso. Morreria ao lado do meu primeiro amado e seríamos velhinhos lindos. Cachorro? Só da porta pra fora e sem pular demais. Amigas tinham que estar aqui to be really there for me. Saltos doíam e brincos machucavam muito. Nossa como era carente e dependente. Fraquinha e medrosa. Sucesso só com uma mão a mais. Estar só era algo a se temer e evitar a qualquer custo e, pior, a daminha era simplesmente a menininha Linda que um dia deixaria de me olhar com olhos de admiração e não mais precisaria contar comigo ... HÃ???

5.9.10

É buniTinho




Adoro línguas. Idiomas, dialetos, regionalismos, sotaques. Adoro linguagem. Corporal, escrita, falada. Adoro gente. Negros, brancos, amarelos, altos, baixos, bem ou mal humorados.

Fico absurdamente fascinada com a variedade da cultura lingüística brasileira. Brasiliense de nascença, relaciono-me muito com nordestinos, mineiros, e com o povo do sul do Brasil. Hoje, morando em São Paulo já há cerca de 7 anos - já?- é encantador observar toda a salada que ouço e leio e como e visto. É lindo de se ver e ouvir e comer e vestir.

Acontece que acredito que um pouco desse fascínio esteja ligado à minha profissão, ao amor pelas letras que, não se engane, eu não domino. Na verdade, quando paro para observar a reação das pessoas a essa mistura, sinto mais o fervor do preconceito lingüístico do que o da admiração.

Por que não adorarmos o fato de que a cultura Brasileira tão rica é devida, também, a essa variedade de diferentes registros?

Gargalho prazerosamente por dentro ao ouvir o ‘r’ do mineiro lutando contra o do paulistano ou do paulista de Piracicaba ou de São José, todos diferentes uns dos outros e igualmente únicos. Delícia igual é saber que o pão de sal de Brasília é tão saboroso quanto o cacetinho de Riachão do Jacuípe, na Bahia.

O leiTE quenTE do sul do país pode ser servido pela TITIa de Natal e continuar igualmente saboroso, enquanto o Paulistano não vai rodar por aí sem a CNH, não importa se carta ou carteira.

Então, não mais façamos cara feia. É tudo assim, ‘buniTinho’, como dizem os piracicabanos.

Broken




Há algo com o que devo concordar antes de começar esse texto: o álcool funciona sim como uma ferramenta ‘amiga’ na hora de encarar o mundo real e os desconhecidos. Digo isso porque não posso prosseguir aqui sem antes deixar claro que euzinha estou incluída na lista dos culpados, ou talvez melhor chamar de vítimas. É claro que há níveis diferentes tanto para a necessidade quanto para o efeito da bebida.

Mal comecei o texto e acho que ele está soando chato. Não se trata de dar lição de moral ou qualquer coisa parecida. É que é assustadora a quantidade de pessoas próximas que vejo alteradas e perdidas com o efeito do álcool.

Modéstia à parte, costumo selecionar bem as pessoas com quem me relaciono. Amigos e affairs são, em geral, pessoas do bem e, muito além disso, cabeções, como costumo chamá-los sem que saibam. E daí, presenciar a alteração dessas pessoas após uns bons copos de qualquer coisa que pareça uma salvação é, no mínimo, lamentável, para não dizer revoltante.

É egoísta até a forma através da qual encaro tudo isso, mas é que tudo o que mais admiro nas pessoas parece simplesmente desaparecer com um ‘porre’. Seu brilho, genialidade, a companhia prazerosa. Tudo pro ralo.

Um copo, 2, 3 e perde-se a conta. Que poder é esse que nos invade e ao mesmo tempo nos devora as forças, tornando-nos, por vezes, os bobões da noite, o motivo da risada do dia seguinte?

Mais uma vez, afirmo fazer parte dos aqui descritos, apesar de saber até aonde o comprometimento da minha ‘sanidade’ vai, e de saber, pelo menos ainda, quando parar.

É que é muita gente boa ‘indo pro ralo’.

24.8.10

Mirror





When it comes to love, the question that has been driving me completely nuts does sound cliché, although no one has ever been able to satisfactorily answer it. How much does one need to love themselves in order to have others love them? Or, how much do we need to love ourselves in order to be ready to let ourselves be loved by somebody else? “I do love myself”, one may say. But what does that really mean? Does it mean that you love who and what you are despite all the flaws that only mom is able to put up with? That’s easy. That’s what moms are for. Do you think you love yourself because nobody is able to talk you down and, even if they do, you won’t feel affected by that? That’s disguised low self esteem. Sorry. Do you wear the best clothes and the most modern lotions and clays? Spend a lot of money and time on treatments and fitness programs? Are you what you eat? Are you good stuff, then? When did you last spend some quality time with a good friend doing nothing but enjoying being there? How much do you spend on good reading? Money and/ or time? What was the last book you read? How much did it touch you? I mean, has it? When did you last undergo a health checkup? Did you follow your doctor’s advice and prescription? Still do? Look at the mirror now. Like what you see? Call 5 friends now. I mean, real ones. You have 5 of them, right? Ask them how they think you face your real life, success and flaws. Have the guts for that? …………. Hmmm……. didn’t convince me. Anyway, you love yourself….I’m sure you do.

13.7.10

What do love and forgiveness have to do with leadership?



Enquanto as pessoas "normais’’ assistiam à final da Copa do Mundo no último domingo, apaixonei-me ainda mais e completamente por ambos ator e figura humana, muito mais do que política, que invadiram minha sala e confirmaram a certeza do acerto de ter adquirido a minha chaise.
A estória parecia ser previsível, assim, meio Remember the Titans (which I love, by the way) mas o fator realidade aliado à atuação do Morgan – é assim que nos tratamos, eu Cê, ele Morgan – fazem do filme um programa sem grandes intenções, mas surpreendente. Valeu apostar na direção.
Sinto muito pelos que não sabem estar só e curtir a boa companhia que são, ou deveriam ser. Não fosse tanta desordem pessoal, o vinho teria sido um grande e o único companheiro aceitável. Só que isso é assunto para um outro post.
Bottom line: The movie is great. Let me know how you like it.

23.6.10





"Um guerreiro valente que cuida da gente que sofre demais

Ele vem de aruanda ele vence demanda de gente que faz

Cavaleiro do céu escudeiro fiel mensageiro da paz

Ele nunca balança ele pega na lança ele mata o dragão

É quem da confiança pra uma criança virar um leão

É um mar de esperança que traz abonança pro meu coração"

21.6.10

Dia desses sonhei...



...que minha festa seria de bailarinas. Vesti tule rosa rodado, lacinho de fita no cabelo e sapatilhas nos pés.

Quis escrever, falar de sentimentos, inventar estórias. Derramei lágrimas sobre a máquina que recebi de Freire Noel, muito antes da puberdade.

Fui convencida a desejar dançar entre 15 casais. Um mundo lilás cheio de mãos diversas que não as minhas. Lindo. Nada a mim lembrava...mas menos me arrependo do evento do que seria sentir hoje o vazio de não o ter feito.

Prometi que estaria sempre entre as melhores. E meu nome na Escola nunca passou batido...mas, enrolei-me toda na universidade...cheia de dúvidas.

Depois desejei...e muito fui desejada. Posso dizer que poucos me tiveram. Só os que eu quis que me fizessem amar e sofrer.

Amei muito. Desejei estar junto para sempre. Vivi, sorri, gargalhei junto. Fui FELIZ. Fali...errei...perdi...me deixei perder. Acabou.

Exigi, então, pela primeira vez, me fazer Mulher. Dona de mim, Forte, Capaz. Já me sinto vitoriosa, mesmo que ainda cheia de medos e incertezas. Que tesão arriscar-me sabendo que o sucesso ou fracasso está em minhas mãos.

Ainda sorrio, dou gargalhadas, estalo os dedos de maneira nervosa e desejo muito ouvir da Margarida que estou fazendo tudo direitinho.
Ela nada diz.

5.6.10


A semana do dia dos namorados no Brasil - ecaaaaaaa, tou bem com isso não; será precedida pelo maior evento rosa-colorido do país, um dos maiores do mundo. Desde 1996, a Avenida Paulista recebe todos os anos a Parada de Orgulho Gay. Hoje de manhã fui pegar uma amiga no aeroporto e fiquei empolgadíssima. Pessoas vindas de todos os cantos do país, acredito eu. Gente de todas as cores, formas, descendências, crenças e, provavelmente, visões políticas. Todas irradiando uma empolgação contagiante. Uma felicidade por estar ali, chegando com malas cheias de estórias e de vontade de curtir um momento em que podem gritar quem realmente são. A novidade: As pessoas que ali ''assistiam'' os desembarques pareciam contagiar-se como eu. Não vi olhares ''de lado'' ou coisa pior. A cidade inteira parece preparar-se para vestir-se de rosa pinkíssimo amanhã. Diversão, Sexo Seguroooo, Muito beijo na boca e Gritos livreeeees. É o que desejo à toda a galera GLS. E rezemos, todos, para que esse momento de respeito também saia do armário e faça parte da vida real.

31.5.10

''I'm loving it''

Tenho andado meio sem ter o que dizer...apesar de estar sentindo tanta coisa. Só que hoje bateu uma vontade de escrever.De escrever sobre algo de que posso falar com certa propriedade, rumor has it. Tem gente que diz que atraio. Outros dizem que ''amo de paixão'' demais...todo mundo. Há quem diga que é porque sei cultivar e blá blá blá. Mas a questão é que simplesmente amo pessoas. Amo crianças e daí vem a explicação da satisfação que dá correr feito louca com e atrás dos meus pequenos em sala de aula. Amo quem precisa de mim e quem me completa. Amo até uns que encontram na crítica a melhor forma de retribuir meu amor. Hoje comecei a lembrar da época em que não desgrudava da Ju Camargos no Marista. Da Iandra. Da Dany gêmea do Denisson. Da Sandra, da Tatiane, da Keila- com quem, acreditem, até fumar fumei. Há influência pra tudo. Quando conheci a Má, foi tenso. Muuuuito tenso. O que atraia tanto naquela criatura difíiiiiicil de acreditar. Quanta risada no ''Harris'' a caminho de casa, Má. Lembra? Asa Sul - Tagua York. Cuidei da Sy no começo me achando, né? Como se ''aquela criaturinha pitchuquinha'' precisasse de qualquer cuidado. Lembra do Carnaval diet que passamos em Jundiaí? Programa de índio, que só Cia de primeira consegue salvar. Alguém se lembra da Paola? Bendita italiana que fazia macarrão na TV? Morou lá em casa uns meses...quantos quilos a mais...quilos de compras, de crepes, de molho, de Road House, de Porcão...quilos de risadas, quilos de lágrimas. AMIGA (ponto). Manu é da turma de confidências. Encontros, ligações e transmissão de pensamento. Cumplicidade. Ione é a sumida que está sempre ali. É só estalar. Virei amiga da Dinda, que nunca soube que amava tanto...e de quem sinto muita falta hoje...estranho. Em 2007, encontrei uma alma gêmea que até meu casamento abalou...hahaha. A Dai era meio que minha imagem no espelho. Uma tremenda endoscopia.Coisa louca. A Bruxa Má dia desses disse que me amava. Valha-me Deus, entendi nada :P. Sampa trouxe-me sagradíssimas pessoas. Pessoas que, nesse texto, aparecerão sem nome pelo simples fato de que o buraco que hoje me consome é o da saudade daquele povo da Terra seca e fria. Linda. Do céu mais azul e ''perto'' que já se viu. Dureza descrever saudade...mais fácil é nutrir, sentir...mais fácil e não viver sem.

5.5.10

Right here...



Então. Admito ter esquecido o blog por um tempo. Daí, hoje levei uma bronca. Bom saber que há quem leia meus textos. Apesar de que, quem me conhece, não precisa muito de palavras pra saber o que sinto. Há quem goste e faça uso de posts para desabafar. Há os que querem chamar atenção para algo importante. Ridículo. Engraçado. Conheço quem use como ferramenta política ou profissional. Os que o fazem por hobby elaboram e postam com a devoção de quem segue uma religião. Não faço muita idéia de o porquê de ter começado. Que faz bem, faz... ah, faz. Sooo... para os amigos: Estou ótima. Para os curiosos: Do ruim nem mais ouço falar, e o pior ficou láááá atrás. Os que perseguem saibam que não vou ceder...ainda. Rs. Os que não admitem: Make yourselves comfortable. Tou bem. Tou feliz. Tou trabalhando muito. Tou fazendo planos. Tou sentindo a falta do que ainda está por vir e curtindo muito o que acaba de chegar. Choro? Nope. Dou risadas. Grito e grito mais. Beijo e mais quero beijar. Amo. Fico ‘’brava’’ (uma Lady – rsrs). Busco e procuro. Fujo. Contento-me. Quero mais. Muito mais. Beijos... Vê se aparece.

9.4.10

...era uma vez uma menina...




Cheia de brinquedos e rodeada de mimos. Quarto cor de rosa, cortinas de seda, sapatos de camurça...tule...muito tule. Da janela um jardim enorme. Margaridas, Rosas e Tulipas. Sol naquela pele branca...de fundo rosa. Brincava com bonecas com uma delicadeza da qual se poderia esculpir a mais frágil escultura sem nem um trinco causar e depois, com as mesmas mãos macias e aveludadas, acarinhava Dotty, de latido baixo e fino...igualmente suave. . . Atrevido, Dotty escapou do jardim. A menina, então, pela primeira vez correu até sentir um toque salubre que lhe escorria a face. Correu mais ainda, até que lhe faltasse ar e o cansaço a fizesse parar. Parou. E Sorriu. Gargalhou. Chorou. Viu nos pés uma mistura da terra de que tanto a mãe lhe protegeu e da água da chuva, cujo som embalou tantas e tantas brincadeiras de boneca. Gostou mais da sensação do que uma vez achara ter gostado do som apenas... sem imagem, nem textura. E gostou do cheiro. Da cor. Da lambança. E virou moleca, a menina. E decidiu que moleca seria.

28.3.10

tears...

Dia desses vi ''Um sonho possível'' na cinema com uma amiga muito querida. O filme, que rendeu um Oscar à bela Bullock esse ano, é bem comovente. É bem do tipo ''de chorar'', mesmo. É claro que o roteiro é recheado de detalhes fictícios, bem do tipo Hollywoodianos, que tornam o drama ainda mais forte e envolvente. Saindo da sala de projeção, depois de um café enormemente generoso, corri para a internet e googlei a estória, o que me fez descobrir o que levou Sandy a ganhar o Oscar. Ela simplesmente mandou bem demais na interpretação de Leigh Anne. Vale a pena dar uma fussadinha pra conferir.
Só que isso tudo aí não é novidade...
É que, bem ao meu lado, havia um casal. A moça logo à minha direita, seguida pelo rapaz que, depois, suspeitei ser apenas um amigo. Durante a sessão, ouvi um choro incontrolável vindo da direção deles. Quando olhei, vi que o rapaz chorava muito e até peguei a suposta amiga a procurar lenços na bolsa. Acho que, por alguma razão, ela já havia antecipado o fato. Estava preparada. Não vim aqui para criticar ou questionar o choro do moço. Não faço idéia do que possa ter causado aquele sofrimento e até desejo que ele esteja bem.
Mas a questão é que, naquela noite, já em casa, relembrei a cena. Comecei, então, a pensar no quanto choro de marmanjo tenho ouvido ultimamente. ''Eles deram pra ter sentimentos'', tenho ouvido com certa frequência. Não que isso seja ruim. Ou deixe de ser um direito deles. Durante tanto tempo, desejamos tanto ouvir os sentimentos do ''bem amado'', suas mágoas e angústias e, agora, que eles resolveram se abrir, a sensação é a de que há muita DR rolando, mas para nada.
Os choros são diversos: ''I should've'', ''we shouldn't have'', ''I wish we had'', ''let me try to''. Pois é, sempre os mesmos I'm so sorrys...
E quanto nós? A gente vai levando assim: eles fingem que sentem....e a gente finge que acredita.

22.3.10

uma lembrança

Não sei se pior é ver alguém que por você sofre, ou que agoniza por sentir sua falta. Dor tamanha é aquela que, de tão intensa, te faz crer que está tudo bem...que a vida segue e tudo de ruim já passou. Mas que ainda sofre esse que se faz crer estar em paz. Sinto muito.
Dor tamanha é essa que atormenta quem faz um ex amor sofrer. Mesmo que doa a lembrança da indiferença e do descaso...dói ainda mais o fazer sofrer alguém que tanto se amou. Mesmo que imagine-se um dia que o ego seja maior do que qualquer sentimento respeitoso que tenha restado.
Tamanha é essa dor de quem vê lágrimas que, no fundo, nada fizeram para ''corrigir'', ''consertar'' ou, ao menos, ''remendar''.
Também é imensa essa dor avassaladora da certeza de que o passado é sim sem volta e de que a dor já é, apenas, uma lembrança.

15.3.10

Bonança

‘’... que não se abala por pouco, que não deixa a peteca cair e ...’’
...histórias de que depois do inferno as portas dos céus se abrem e...
...que as crises, das mais fúteis àquelas das quais nunca se imagina sair...elas apenas te fortalecem e te transformam em um ser humano mais forte e capaz.
... o melhor emprego apenas surge após a primeira entrevista, 15 meses depois que o CV foi enviado...
...bem como o homem da sua vida, que aparece quando você pensa que está namorando sério, em uma relação que julga ‘’tranqüila’’.
...que quanto maior a dor, mas intensa será a recompensa...
‘’O que não me mata me fortalece’’
‘’O que é meu está guardado’’
‘’Antes só de que mal acompanhado’’
...que existem provações pelas quais simplesmente temos que passar...
...que os amigos de verdade ficarão...pra sempre.
‘’Nada como um dia após o outro...e uma noite no meio’’
‘’Onde está aquela mulher? Que sempre e por tantas vezes vi brigar e fazer valer seu ponto de vista e observações? Que sempre se fez ouvida e que nunca teve medo de gritar que o estava pensando?
Ousada, atrevida e dona da razão?’’
... .... ... E eu que nunca quis acreditar em tudo isso ... !!!

26.2.10

Yellow roses


''Eu vi mamãe oxum na cachoeira

Sentada na beira do rio

Colhendo lírio lirulê

Colhendo lírio lirulá

Colhendo lírio

Pra enfeitar o seu congá

Ê areia do mar que o céu serena

Ê areia do mar que o céu serenou

Na areia do mar mar é areia

Maré cheia ê mar marejou''

31.1.10

isso foi tudo...


"Sonhei, confuso, e o sono foi disperso,

Mas, quando dispertei da confusão,

Vi que esta vida aqui e este universo

Não são mais claros do que os sonhos são"

26.1.10

''Água mole em pedra dura, tanto bate até que cansa''


que não se deixa amar…
que se faz esquecer...
que insiste em não crescer...
que a teimosia faz deixar...
que saudade nenhuma faz perceber...
que a distância deixa morrer...
que a dor não deixa viver....
que a preguiça não deixa terminar...
que o desinteresse leva a abandonar...
que a diferença faz minguar...
que a indiferença leva a deixar de tentar...
que não merece se pensar...relevar...desejar...
que a canseira mandou ‘’Passear’’.
E demorou, viu?

10.1.10

e cadê o espírito?


Parece que o Ano finalmente começou. ...com todas as contas chegando, os amigos retornando de viagem, as listas escolares sobre à mesa, a nova velha auxiliar doméstica em uma nova tentativa. ... com visita em casa demandando e me encharcando de carinho e cafunés. ...com a esperança e desejos de uma vida nova e ainda melhor e planos do que fazer com a vida real que se apresenta após as férias, pedindo balanços das ''cácas'' dos últimos anos, a fim de que se evitem novas ocorrências. ... com dúvidas de que toda essa esperança e optimismo servirão mesmo para dar a 2010 todo o 'cor de rosa' esperado para 2008 e 2009 que, por algum motivo, resolveram brilhar ''cinza fashion'', dificultando um 'tikin' a vida da pessoa que aqui se expõe. ...aaah, começou sim, com novidades de tirar o fôlego e fazer com que os olhinhos amanheçam assim fechadinhos e gordinhos com a ressaca da noite anterior... mas isso TAMBÉM passa, pois há sempre um amigo desocupado na madrugada, com a digna missão de te salvar o fim do dia. ...começou no estilo ''chega-chegando', com os planos de viagens e cursos a serem, ao menos, iniciados nos próximos trezentos e cinquenta e poucos dias... eita! ...e, por falar nisso, COMEÇOU NADA...o Carnaval taí. Beijinhos cheios de folia...

4.1.10

Cheesy, but mine...


...uma criança perfeita;

...uma família que te ama;

...amigos que não te deixam;

...pessoas que te precisam;

...pessoas que te desejam;

...pessoas que sem você não vivem...nem que seja...


...fazer o que ama;

...e amar o que faz.


...ser forte;

saudável;

de alguma habilidade intelectual;

até 'ajeitadinha'...mesmo que...chatinha.


...saber o que se quer, mesmo que as opções sejam muitas;

e ser forte pra correr atrás...


...ter uma história linda...

... e vontade avassaladora de lutar por um futuro que promete colocar o passado em seu lugar.


...perfeito seria...




UÉ!!!!!!